Escola Municipal Hermenegildo B. de Oliveira
Série: 7º ano do vespertino – Aula: 12
Professor: Itamiram Alves (Iram)
Data: 26/08/2020
Carga horária: 03 horas aulas
Biodiversidade Brasileira
O Brasil é um país de proporções
continentais: seus 8,5 milhões km² ocupam quase a metade da América do Sul e
abarcam várias zonas climáticas – como o trópico úmido no Norte, o semi-árido
no Nordeste e áreas temperadas no Sul. Evidentemente, estas diferenças
climáticas levam a grandes variações ecológicas, formando zonas biogeográficas
distintas ou biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do
mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de savanas e bosques; a
Caatinga de florestas semi-áridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical
pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5
milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais,
lagoas, estuários e pântanos.
A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna brasileiras:
o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante variedade de
vida – que se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra –
eleva o Brasil ao posto de principal nação entre os 17 países megadiversos (ou
de maior biodiversidade).
Além disso, muitas das espécies brasileiras são endêmicas, e diversas espécies
de plantas de importância econômica mundial – como o abacaxi, o amendoim, a
castanha do Brasil (ou do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba – são
originárias do Brasil.
Mas não é só: o país abriga também uma rica sociobiodiversidade, representada
por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas,
caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo
de conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.
Porém, apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e de espécies
nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em
espécies exóticas: na agricultura, com cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da
Etiópia, arroz das Filipinas, soja e laranja da China, cacau do México e trigo
asiático; na silvicultura, com eucaliptos da Austrália e pinheiros da América
Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos da Ásia e capins africanos;
na piscicultura, com carpas da China e tilápias da África Oriental; e na
apicultura, com variedades de abelha provenientes da Europa e da África.
Este paradoxo traz à tona uma ideia premente: é fundamental que o Brasil
intensifique as pesquisas em busca de um melhor aproveitamento da
biodiversidade brasileira – ao mesmo tempo mantendo garantido o acesso aos
recursos genéticos exóticos, também essenciais ao melhoramento da agricultura,
da pecuária, da silvicultura e da piscicultura nacionais.
Como se sabe, a biodiversidade ocupa lugar importantíssimo na economia
nacional: o setor de agroindústria, sozinho, responde por cerca de 40% do PIB
brasileiro (calculado em US$ 866 bilhões em 1997); o setor florestal, por sua
vez, responde por 4%; e o setor pesqueiro, por 1%. Na agricultura, o Brasil
possui exemplos de repercussão internacional sobre o desenvolvimento de
biotecnologias que geram riquezas por meio do adequado emprego de componentes
da biodiversidade.
Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações brasileiras, com
destaque para o café, a soja e a laranja. As atividades de extrativismo
florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de pessoas. A biomassa
vegetal, incluindo o etanol da cana-de-açúcar, e a lenha e o carvão derivados
de florestas nativas e plantadas respondem por 30% da matriz energética
nacional – e em determinadas regiões, como o Nordeste, atendem a mais da metade
da demanda energética industrial e residencial. Além disso, grande parte da
população brasileira faz uso de plantas medicinais para tratar seus problemas
de saúde.
Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável.
Sua redução compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade
de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso
sustentável, ao contrário, resultam em incalculáveis benefícios à Humanidade.
Neste contexto, como abrigo da mais exuberante biodiversidade do planeta, o
Brasil reúne privilégios e enorme responsabilidade.
Mas o que é a Biodiversidade?
A biodiversidade é a exuberância da
vida na Terra – num ciclo aparentemente interminável de vida, morte e
transformação.
A biodiversidade é você; a biodiversidade é o mundo; você é o mundo. Seu corpo
contém mais de 100 trilhões de células e está conectado ao planeta por um
sistema complexo, infinito e quase insondável: você compartilha átomos com tudo
o que existe no mundo ao seu redor.
Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo
com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade
abrange toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as
funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as
comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles. É responsável pela
estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos
por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. Assim, espécies, processos,
sistemas e ecossistemas criam coletivamente as bases da vida na Terra:
alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis e um clima
estável, entre tantos outros benefícios.
O termo biodiversidade diz respeito também ao número de diferentes categorias
biológicas (riqueza) da Terra e à abundância relativa destas categorias
(equitabilidade), incluindo variabilidade ao nível local (alfa diversidade),
complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade
entre paisagens (gama diversidade).
Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável. Apenas quanto ao seu
valor econômico, por exemplo, os serviços ambientais que ela proporciona –
enquanto base da indústria de biotecnologia e de atividades agrícolas,
pecuárias, pesqueiras e florestais – são estimados em 33 trilhões de dólares
anuais, representando quase o dobro do PIB mundial.
Mas esta exuberante diversidade biológica global vem sendo dramaticamente
afetada pelas atividades humanas ao longo do tempo – e hoje a perda de
biodiversidade é um dos problemas mais contundentes a acometerem a Terra. A
crescente taxa de extinção de espécies – que estima-se estar entre mil e 10 mil
vezes maior que a natural – demonstra que o mundo natural não pode mais
suportar tamanha pressão.
Diante deste quadro, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é
o Ano Internacional da Biodiversidade – convidando o mundo a celebrar a vida na
Terra, a refletir sobre o valor da biodiversidade e a agir para protegê-la. E a
hora de agir é agora.
Atividade
Nome
completo:________________________________________________
Série: 7º ano Turma:______________ Data de entrega: 11/09/2020
2) Realize
uma pesquisa para descobrir algumas das principais espécies de animais e
vegetais encontradas no Brasil. De posse das informações, faça um desenho de algumas espécies animais em cada bioma. Envie para mim no pv pelo whatsApp.